Fundado por D. João VI em 1818, o museu foi destruído por um incêndio de grandes proporções na noite deste domingo. O local guarda um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Calcula-se que sejam cerca de 20 milhões de itens.
O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil voltada à pesquisa e à memória da produção do conhecimento. Sua história remonta aos tempos da fundação do Museu Real por D. João VI, em 1818, cujo principal objetivo era propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras.
Hoje, é reconhecido como um centro de excelência de pesquisa em história natural e antropológica na América Latina. Detinha um acervo composto por mais de 20 milhões de itens distribuídos por coleções que serviam de base para a pesquisa desenvolvida pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Vertebrados e Invertebrados.
Depois de um longo período de apagamento histórico, promovido pela República, a memória da Monarquia Brasileira voltava à cena re-significando espaços, tempos, objetos e memórias.
Grande parte das coleções do Museu Nacional foram reunidas durante a Regência e o Império, entre elas as oriundas do “Museu do Imperador” localizado em uma das salas do Paço da Boa Vista. D. Pedro II, tal qual a Imperatriz Leopoldina, sua mãe, nutria grande interesse pelo colecionismo e pelo estudo das ciências naturais.
Por meio de exposições permanentes e temporárias, cerca de três mil objetos levavam ao público o resultado do conhecimento produzido pelos departamentos de pesquisa e pelos trabalhos de conservação e de restauração. Instituição voltada ao ensino, o Museu Nacional oferecia cursos de pós-graduação stricto e lato sensu, aos quais se vinculam projetos, grupos de pesquisas e a Extensão Universitária.
"Um povo sem conhecimento de sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes." Marcus Garvey #LutoMuseuNacional
0 comentários:
Postar um comentário