
1. Você ampliará sua forma de enxergar o mundo
Você começará a entender que a sua cultura, religião e estigmas deixarão de ser dominantes. Perceberá que há modos de pensar e agir diferentes do seu e precisará de flexibilidade cultural para entendê-los e, caso necessário, se adaptar a eles. Afinal de contas, não vai querer chegar na Índia e comemorar seu aniversário numa churrascaria!
2. Você precisa definir seu foco antes de escolher a faculdade
Cada faculdade de Relações Internacionais, de acordo com o mercado de trabalho local e com sua história institucional, escolhe uma ênfase a ser dada na grade curricular do curso. Assim, é importante que na escolha da universidade você já tenha uma noção de qual área de trabalho gostaria de atuar, seja diplomacia, política, economia ou até comércio exterior. Olhar o programa do curso e conversar com o coordenador do curso podem ajudar nesta decisão.
3. Você precisará ter recursos para ter um currículo competitivo
Não tem jeito e é preciso dizer: nosso curso é um curso que demanda recursos. Se você apenas fizer a universidade, seu currículo não será competitivo para o mercado de trabalho, mesmo fora da área. Fazer cursos de extensão, participar de congressos e simulações, ter experiência internacional e dominar outros idiomas são alguns dos pré-requisitos para quem quer ter sucesso na área. E, obviamente, tudo isto demanda tempo e dinheiro. Vale ressaltar que há também muita oferta de cursos gratuitos e bolsas para intercâmbio no exterior.
4. Suas viagens internacionais te trouxeram visão de mundo, mas não te fazem melhor aluno por isso
Ter uma experiência internacional é importantíssimo. Contudo, não se engane. Relações Internacionais não é turismo e se você faz o curso simplesmente porque gosta de viajar, vai perder seu tempo. Ter curiosidade para entender o cenário internacional vai além de ter conhecido algum outro país. Significa querer estar antenado nos acontecimentos políticos e econômicos dos países, assimilando a importância da cultura e dos aspectos sociais nestas análises.
5. Você precisará gostar ou ter aptidão a aprender novas línguas
Como ser cidadão do mundo se você não consegue se comunicar em outras línguas? Dado seu caráter de língua universal nos dias atuais, sair da faculdade com o domínio da língua inglesa atrelado a uma segunda língua estrangeira é extremamente importante na sua alocação no mercado de trabalho. Detalhe: a decisão da sua segunda língua deve ser estrategicamente escolhida de acordo com os seus objetivos profissionais que descobrirá ao longo do curso. E vale mais a pena falar bem uma ou duas línguas do que afirmar que fala seis e passar vergonha em situações reais.
6. Você terá que se atualizar constantemente
As relações internacionais são altamente dinâmicas. Um simples acontecimento no dia de hoje reflete numa série de impactos em diversas áreas do mundo no dia de amanhã. Estar ligado no noticiário internacional é essencial para se manter atualizado no que está ocorrendo. Uma dica é tentar assistir a canais de notícias internacionais (CNN, BBC World, Le Monde, DW, dentre outros), bem como ler periódicos internacionais (The Economist, The New York Times, The Guardian, etc) para aproveitar e praticar sua língua estrangeira.
7. Você será um internacionalista, o que não significa em ter uma carreira internacional
Esse é um grande mito. Analisar o cenário internacional não implica, necessariamente, em fazer viagens a trabalho para o exterior. Assim, não crie expectativas que, uma vez empregado na área, passará metade do seu tempo em viagens internacionais. Isso pode acontecer, mas saiba que uma carreira internacional se dá quando você se destaca nacionalmente e é bem relacionado no meio internacional, proporcionando boas oportunidades no exterior a você, o que inclui, neste caso, viajar.
8. Você terá um amplo leque de opções no mercado, que não apenas diplomacia
Muitos decidem fazer o curso pelo simples desejo de ser um diplomata. Até o dia que você começa a conhecer outras áreas de atuação que não apenas a carreira diplomática e percebe que o seu perfil profissional em construção pode se adequarem outras áreas de atuação. Só é importante ter em mente que a capacidade de negociação e resolução de conflitos do diplomata devem ser exercidas por nós, internacionalistas, onde quer que estivermos alocados profissionalmente.
9. Você terá que ler bastante
A priori, você não terá que fazer cálculos (por mais que descobrirá que serão necessários no final das contas quando estiver atuando no mercado de trabalho). Entretanto, a carga de leituras a que será exposto é altíssima. Você ficará íntimo de vários autores nacionais e internacionais e precisará dedicar várias horas à leitura para ter sucesso nos estudos e na análise de cenários internacionais com maior propriedade.
10. Você precisará ter muita resiliência. Se não, não terá sucesso
Resiliência, dentre todas suas definições, pode ser definida como a capacidade de recuperação. O campo de trabalho em Relações Internacionais ainda é bastante novo no Brasil e vários caminhos precisarão ser abertos por você. Ser resiliente é somar forças, estímulos e ter determinação em busca de seus objetivos profissionais. Sem isso, você morrerá no meio do caminho e dificilmente terá sucesso na profissão.











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